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Escândalo na Abin: Ordens de monitoramento de auditores da PF vêm à tona, ligando Ramagem e Bolsonaro à operação clandestina.

Segundo informações obtidas pela equipe de reportagem, o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, revelou em seu depoimento à Polícia Federal que Giancarlo pediu para o policial federal reunir todas as informações coletadas e “jogar num Word”. Essa ordem, de acordo com a PF, indica que a atuação da chamada “Abin paralela” ocorria de forma clandestina e com um caráter de extra-oficialidade.

Além disso, a Polícia Federal afirmou que a ordem para monitorar os auditores da PF partiu de Alexandre Ramagem, que na época era chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Atualmente, Ramagem é deputado federal pelo PL e pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro. Em depoimento à PF, Ramagem negou ter solicitado qualquer tipo de relatório para beneficiar Flávio Bolsonaro e afirmou que suas atividades na Abin estavam relacionadas à “coordenação”.

A PF também encontrou um áudio de uma reunião entre o presidente Jair Bolsonaro e Ramagem com o intuito de blindar o filho do presidente. Segundo os investigadores, essa gravação demonstra que Bolsonaro deu aval a um plano apresentado por Ramagem para abrir procedimentos contra os auditores fiscais que investigaram Flávio Bolsonaro.

Por sua vez, Flávio Bolsonaro negou qualquer tipo de relação com a Abin e afirmou que sua defesa sempre se concentrou em questões processuais, sem qualquer utilidade para a agência de inteligência. Em nota, o senador ressaltou que a divulgação desse tipo de documento às vésperas das eleições tem o objetivo de prejudicar a candidatura de Alexandre Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro.

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