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Defesa de Trump alega uso indevido de evidências oficiais em condenação por suborno a atriz pornô em julgamento histórico.




Artigo sobre a defesa de Donald Trump

Advogados de Donald Trump pedem anulação de veredito

Por Luc Cohen

NOVA YORK (Reuters) – Os advogados do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump fizeram uma declaração impactante nesta quinta-feira. Eles alegaram que os promotores de Manhattan utilizaram de forma indevida evidências de atos oficiais de Trump para assegurar sua condenação por acusações criminais relacionadas a um suborno pago a uma atriz pornô.

No documento judicial datado de 10 de julho, mas tornado público apenas hoje, os advogados de defesa mostraram indignação e argumentaram que o veredito de culpado deve ser anulado à luz da recente decisão da Suprema Corte sobre a imunidade presidencial.

Os advogados de defesa, Todd Blanche e Emil Bove, afirmam que a apresentação de evidências de atos oficiais foi um erro estrutural sob a Constituição Federal. Segundo eles, conversas de Trump com a ex-assessora Hope Hicks e publicações no Twitter feitas durante seu mandato presidencial não deveriam ter sido levadas em consideração pelo júri.

O juiz Juan Merchan decidiu adiar a sentença de Trump em dois meses, atendendo ao pedido dos advogados de defesa. Eles alegaram que a decisão da Suprema Corte, que estabelece que presidentes não podem ser processados criminalmente por atos oficiais, implica que os promotores não poderiam ter usado evidências do período em que Trump esteve na Casa Branca para condená-lo.

Os promotores do gabinete do procurador do distrito de Manhattan, Alvin Bragg, têm até 24 de julho para apresentar sua resposta. Enquanto isso, muitos especialistas acreditam que Trump terá dificuldade em reverter a condenação, uma vez que a maioria das acusações se refere a condutas anteriores ao seu mandato e as provas do tempo na Casa Branca estão ligadas à sua vida pessoal.

O caso do suborno, pelo qual Trump foi considerado culpado, envolve a falsificação de registros financeiros para encobrir o pagamento de 130 mil dólares feito por seu ex-advogado à atriz pornô Stormy Daniels, a fim de silenciar sobre um suposto encontro sexual com o ex-presidente.


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