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Câmara dos Deputados aprova projeto de lei do hidrogênio verde com incentivos fiscais de até R$ 18 bilhões e aumento do potencial poluente.






Aprovação do Projeto de Lei do Hidrogênio Verde na Câmara dos Deputados

Aprovação do Projeto de Lei do Hidrogênio Verde na Câmara dos Deputados

No dia 11 de novembro de 2025, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei do hidrogênio de baixa emissão de carbono, conhecido como hidrogênio verde, mantendo as alterações feitas pelo Senado. O texto aprovado prevê incentivos fiscais de até R$ 18 bilhões, amplia o potencial poluente do combustível e inclui as hidrelétricas e o agronegócio.

O projeto, de relatoria do deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), aguarda agora a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Inicialmente aprovado pela Câmara sem a previsão de incentivos, o projeto teve essa questão acrescentada pelo Senado. Os senadores incluíram no Rehidro (Regime Especial de Incentivos para a Produção de Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono) a possibilidade de até R$ 18 bilhões em benefícios, medida que foi mantida na segunda votação pela Câmara dos Deputados.

O Rehidro oferece crédito fiscal relacionado à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que pode ser convertido em ressarcimento financeiro caso não haja débitos fiscais suficientes para compensar o valor do crédito.

Os valores estabelecidos para os incentivos são de R$ 1,7 bilhão em 2028, R$ 2,9 bilhões em 2029, R$ 4,2 bilhões em 2030, R$ 4,5 bilhões em 2031 e R$ 5 bilhões em 2032.

Uma significativa alteração feita pelo Senado, que dobrou o limite de emissões permitidas para ser considerado hidrogênio de baixo carbono, foi mantida. Agora, o limite passou de 4 kg para 7 kg de CO2 por 1 kg de hidrogênio produzido. A mudança foi realizada em um curto período de tempo e sem discussão, gerando polêmica.

A Coalizão Energia Limpa e o Observatório do Clima questionaram a necessidade dessa alteração, citando estudos da Universidade Federal do Rio de Janeiro que indicam não ser indispensável. A mudança também envolveu a inclusão do etanol e das hidrelétricas como fontes de produção de hidrogênio.


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