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Brasil entrega propostas à Opas para enfrentamento ao racismo na região das Américas após evento internacional sobre o tema.

O governo brasileiro, por meio de suas representações internacionais, entregou à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) uma série de propostas e encaminhamentos para combater o racismo na região das Américas. Após sediar um evento internacional para discutir formas de enfrentar o racismo na área da saúde, com a participação de 22 países, o Brasil apresentou recomendações importantes à entidade.

Uma das propostas feitas foi a formalização de órgãos que promovam a equidade étnico-racial de forma transversal, como a recentemente criada Assessoria de Equidade Étnico-Racial em Saúde pelo Ministério da Saúde. Além disso, sugeriu-se a criação de grupos de trabalho na Opas para manter os países engajados nesses temas, assim como o Brasil tem o Comitê Técnico Interministerial de Saúde da População Negra.

Outra recomendação relevante foi a elaboração de estratégias para enfrentar o racismo institucional na saúde, bem como a implementação de ações afirmativas nos processos seletivos do setor, como já ocorreu no programa Mais Médicos. Também foi proposto promover editais para entidades da sociedade civil com foco em grupos étnico-raciais, investir em pesquisas de saúde com recorte étnico-racial e adequar os sistemas de saúde para produzir dados precisos sobre diferentes grupos raciais e étnicos.

O Brasil sediou recentemente o Encontro Regional sobre desigualdades étnico-raciais em saúde, reunindo representantes de diversos países para discutir a implementação da Estratégia e Plano de Ação sobre Etnicidade e Saúde na América Latina. Durante o evento, delegações de vários países apresentaram ações e oportunidades para promover a saúde da população, com destaque para as medidas adotadas no Brasil.

A delegação brasileira, composta pelo Ministério da Saúde e seis movimentos sociais, promoveu diálogos importantes e destacou a importância de medidas concretas para combater o racismo na saúde. As instituições escolhidas para representar a sociedade civil no evento foram fundamentais para trazer perspectivas diversificadas e garantir a inclusão de diferentes grupos étnico-raciais no debate.

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