Quilombos do Rio: Resistência, Cultura e Conscientização em Territórios Ancestrais Urbanos e Rurais.

Quilombos do Rio de Janeiro: Resistência e Cultura Afro-brasileira

O estado do Rio de Janeiro tem 53 quilombos, sendo sete deles localizados na capital. Entre eles, há os quilombos rurais e urbanos, enfrentando desafios comuns relacionados à manutenção do território e à sobrevivência socioeconômica, preservando tradições e memórias.
A líder local, Rosilane Almeida, emocionada, expressou: “A gente luta tanto, tanto, por esses territórios, e muitas vezes consegue proteger esses lugares, mas e a gente? E os nossos corpos?”. Ela faz parte da Associação Cultural do Camorim (ACUCA), fundada em 1998 por Adilson Batista Almeida.
Enfrentando dificuldades para viver da terra, os quilombos urbanos promovem eventos e encontros para se manter socioeconômica e culturalmente, conscientizando visitantes sobre questões raciais e territoriais.
Camorim
O Quilombo do Camorim, certificado em 2014 pela Fundação Cultural Palmares, enfrenta desafios devido à especulação imobiliária na região. Em 2018, o quilombo foi tombado, garantindo sua proteção. O local realiza eventos para manutenção financeira e conscientização da importância de sua história.
Outros quilombos urbanos, como Pedra do Sal e Casa do Nando, também promovem eventos culturais e são importantes pontos de resistência e preservação da cultura afro-brasileira na cidade do Rio de Janeiro.
Pedra do Sal
A Pedra do Sal, tombada em 1984, é um espaço de preservação da cultura negra e afro-brasileira, onde eventos culturais, como rodas de samba, promovem a conscientização sobre a história do local e a luta quilombola.
A história da Pedra do Sal remonta ao início dos anos 1600, sendo um marco histórico e religioso na cidade do Rio de Janeiro.
Casa do Nando
A Casa do Nando, localizada na região da Pequena África, promove atividades culturais e debates, fortalecendo a expressão artística e a ancestralidade afro-carioca. O espaço é aberto a todos e se tornou um ponto de resistência negra na cidade.
Além disso, o Quilombo Sacopã, próximo à Lagoa Rodrigo de Freitas, e o Caminho Iluminado são exemplos de comunidades quilombolas no Rio de Janeiro que promovem eventos culturais e gastronômicos, mantendo vivas as tradições e memórias afro-brasileiras.
Caminho Iluminado
Os quilombos do Rio de Janeiro representam a resistência e a luta coletiva da população negra ao longo da história, promovendo a conscientização e a preservação da cultura afro-brasileira. Com uma programação diversificada de eventos, esses espaços contribuem para o fortalecimento das comunidades quilombolas e para o combate ao racismo estrutural.
Os quilombos urbanos e rurais têm um potencial empreendedor e socioeconômico, além de serem importantíssimos para a conscientização da população em geral sobre as questões raciais e territoriais. Esses espaços representam a resistência e a história do povo negro brasileiro, iluminando um caminho de ancestralidade e luta por igualdade.