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Calçadas precárias em Paraisópolis prejudicam moradores com deficiência e mobilidade reduzida, revela pesquisa no bairro da zona sul de São Paulo.




Artigo sobre acessibilidade em Paraisópolis

Acessibilidade em Paraisópolis: Desafios e Necessidades

No bairro de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, a acessibilidade é um desafio diário para moradores com deficiência e mobilidade reduzida. Um exemplo disso é Maria do Carmo Silva, de 49 anos, diagnosticada com osteogênese imperfeita. Ela enfrenta dificuldades para se locomover pelas calçadas desniveladas e estreitas da Rua das Jangadas, onde reside e trabalha como manicure em casa. A falta de locais planos e adaptados para caminhadas é uma das frustrações diárias de Maria.

Essa realidade não é exclusiva dela. Outros moradores como Luzia Andrade da Costa, dedicada ao filho cadeirante Richard, e Matheus Vitor dos Santos, praticante de basquete em cadeira de rodas, também compartilham histórias de obstáculos nas ruas de Paraisópolis. A acessibilidade, segundo o filósofo Marcelo Zig, ainda é um luxo presente apenas em bairros nobres das cidades brasileiras.

Desafios e Fiscalização

A falta de calçadas adaptadas, rampas adequadas e transporte público acessível são apenas alguns dos problemas enfrentados pelos moradores. A legislação municipal prevê que a responsabilidade pela construção e manutenção das calçadas é dos proprietários dos imóveis. Multas têm sido aplicadas para garantir a adequação, mas a fiscalização ainda enfrenta desafios. No entanto, em 2021, quase 800 mil m² foram readequados na cidade de São Paulo, visando melhorar a acessibilidade.

Ações e Inclusão

A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência destaca a importância de locais como o Centro Especializado em Reabilitação (CER) III Campo Limpo, que atende cerca de 2.500 pacientes mensalmente. Além disso, iniciativas como o Plano Emergencial de Calçadas (PEC) buscam priorizar a reforma em áreas com grande circulação de pessoas. A participação ativa das pessoas com deficiência na elaboração de soluções é vista como essencial por ativistas como Marcelo Zig, do Quilombo PCD.

Em meio a tantos desafios, a luta por uma cidade mais inclusiva e acessível continua em Paraisópolis e em toda a cidade de São Paulo.


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