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PF conclui que joias sauditas foram levadas em mala no avião presidencial por Bolsonaro ao deixar o Brasil

A Polícia Federal (PF) concluiu que parte das joias sauditas recebidas pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro saíram do país em uma mala transportada no avião presidencial no dia 30 de dezembro de 2022, quando Bolsonaro deixou o Brasil para passar um período nos Estados Unidos após o fim de seu mandato.

De acordo com o relatório da PF, que resultou no indiciamento do ex-presidente e mais 11 pessoas, o objetivo da atuação foi desviar mais de R$ 25 milhões em bens recebidos em razão do cargo presidencial. O sigilo do relatório foi levantado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é o relator do caso.

As investigações apontam que a equipe do ex-presidente teria utilizado o avião presidencial para levar do país bens de alto valor, recebidos por Bolsonaro e pela comitiva do governo brasileiro durante viagens internacionais. O relatório destaca a retirada de pelo menos três kits de joias, incluindo esculturas douradas, peças da marca Chopard e um relógio Rolex.

Em um dos casos mencionados no documento, o general da reserva Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid, teria recebido dinheiro em sua conta para ocultar a origem dos recursos provenientes da venda das joias. A PF identificou que US$ 68.000 oriundos da venda de relógios foram depositados na conta de Mauro Cesar Lourena Cid com o intuito de ocultar a origem ilícita dos bens.

A investigação continua em andamento para apurar todas as circunstâncias e responsabilidades envolvidas no esquema de desvio de recursos do governo brasileiro. Aguarde mais informações sobre esse caso que movimentou a política nacional nos últimos dias.

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