
PF aponta ex-presidente Bolsonaro como líder de associação criminosa para desvio de presentes
A Polícia Federal divulgou o relatório final de um inquérito que aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro como líder de uma associação criminosa responsável pelo desvio de mais de R$25 milhões em presentes recebidos por ele durante visitas a oficiais de outros países enquanto chefe de estado. As revelações feitas nesta segunda-feira (8) têm potencial para repercutir intensamente na política nacional.
O desenrolar da investigação
No documento de 476 páginas apresentado pela PF, o delegado Fabio Shor, que conduziu as investigações, afirma que as suspeitas iniciais foram confirmadas, indicando que ex-auxiliares de Bolsonaro estariam envolvidos na venda dos presentes e repasse dos valores ao ex-presidente através de dinheiro em espécie. Esta é considerada a acusação mais grave já feita contra o ex-presidente até o momento.
O relatório segue agora para análise do procurador-geral da República, que terá um prazo de 15 dias para se manifestar a respeito. É a primeira vez que a PF aponta que Bolsonaro teria recebido dinheiro desviado dos cofres públicos de forma tão direta, visto que os presentes em questão eram de propriedade do Estado brasileiro.
Esta revelação pode ter impacto significativo não apenas no âmbito político, mas também na imagem do ex-presidente perante a opinião pública. Resta aguardar os desdobramentos e possíveis repercussões que este escândalo pode trazer para o cenário nacional.