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Lula e Lacalle Pou trocam acusações durante cúpula do Mercosul em meio a debates sobre reformas econômicas e integração regional.

Posicionamento político na América Latina gera debate na cúpula do Mercosul

O presidente uruguaio, Lacalle Pou, causou polêmica ao referir-se ao economista ultraliberal Milei, responsável por uma profunda reforma do Estado na Argentina. Milei faltou à cúpula após trocar acusações com o ex-presidente brasileiro Lula, a quem chamou de “esquerdinha com ego inflado”.

Lula, por sua vez, defendeu o papel do Estado como promotor e planejador do desenvolvimento na América Latina, criticando as reformas de Lacalle Pou. O presidente argentino afirmou que gosta de “destruir o Estado por dentro, como uma toupeira”.

Em meio a esse embate de ideologias, Lula alertou para os perigos do nacionalismo arcaico e do ultraliberalismo exacerbado, que, segundo ele, só ampliam as desigualdades na região. Ele ressaltou os desafios enfrentados pelo Mercosul, tanto regionais quanto globais.

As declarações de Lula encontraram eco no presidente paraguaio, que também expressou preocupação com a integração regional. Ele apontou uma mudança na tendência ideológica do bloco nos anos 2000, o que teria desintegrado o Mercosul, deixando o país “um pouco cansado da integração”.

A chanceler argentina, Diana Mondino, representando Milei na cúpula, enfatizou a importância de ouvir opiniões divergentes e expressar maturidade como grupo. Ela criticou o excesso de regulamentações no Mercosul, que estariam limitando as exportações dos países membros.

– Mais flexibilidade –

A crítica à rigidez do bloco regional evidencia a necessidade de reformas e de um debate mais amplo sobre o papel do Estado na promoção do desenvolvimento econômico nos países latino-americanos. A controvérsia na cúpula do Mercosul reflete as divergências políticas que permeiam a região e apontam para a necessidade de um diálogo mais aberto e construtivo entre os membros do bloco.

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