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Implantação de sistemas de proteção contra cheias no RS precisa de aceleração, alertam debatedores em audiência pública do Senado.







Rio Grande do Sul precisa acelerar implantação de sistemas de proteção contra cheias

Rio Grande do Sul precisa acelerar implantação de sistemas de proteção contra cheias

No intuito de evitar tragédias semelhantes à ocorrida em maio deste ano, especialistas afirmam que o Rio Grande do Sul necessita urgir na implantação dos sistemas de proteção contra as cheias. Essa avaliação foi feita durante uma audiência pública da comissão temporária externa responsável por acompanhar o enfrentamento da calamidade no estado, realizada na última segunda-feira (8). O debate foi proposto pelo senador Paulo Paim (PT-RS), presidente do colegiado.

De acordo com Paim, as enchentes no Rio Grande do Sul atingiram 478 municípios, causaram a morte de 180 pessoas e deixaram outras 32 desaparecidas, afetando mais de 2,4 milhões de gaúchos e impactando a economia do estado em 80%.

O governo estadual sugeriu, em 2012, a implementação de sistemas de proteção para as bacias de Gravataí, Sinos, Eldorado do Sul, Feijó e Caí. Até o momento, dois projetos foram licenciados pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), porém, o sistema da bacia de Caí encontra-se estagnado.

O superintendente da Metroplan, Francisco José Soares Horbe, revelou durante a audiência que os cinco sistemas demandariam cerca de R$ 7 bilhões em investimentos. Ele ressaltou a importância de acelerar o processo de implantação, destacando que medidas como contratação integrada de projeto e obra poderiam agilizar a iniciativa.

O senador licenciado Luiz Carlos Heinze defendeu a recomendação formal da comissão temporária externa do Senado à União para a liberação de recursos federais destinados às obras de proteção contra as cheias. O relator da comissão, senador Hamilton Mourão, enfatizou a necessidade de priorizar os investimentos para a reconstrução do estado.

Comitê científico

O secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, afirmou que um comitê científico criado pelo governo estadual deve contribuir com sugestões para aprimorar os projetos de defesa contra as cheias. Ele ressaltou a importância de adaptar os sistemas às mudanças climáticas extremas atualmente enfrentadas.

Para Emanuel Hassen, representante da Secretaria Extraordinária da Presidência da República para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, é fundamental que haja continuidade no trabalho de prevenção no estado, a fim de evitar situações semelhantes no futuro. Ele destacou a importância do suporte das defesas civis em todas as esferas, federal, estadual e municipal.

O presidente do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Caí, Rafael Altenhofen, também enfatizou a necessidade de uma solução conjunta para o problema e a importância de considerar a opinião dos 25 comitês de bacias em operação no estado para a implantação dos sistemas de proteção contra as cheias.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)


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