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Governador Tarcísio politiza ações contra Lula em possível disputa eleitoral em 2026, apontam lideranças petistas.

Tarcísio tem politizado ações contra Lula, avaliam lideranças petistas

Tarcísio tem politizado ações contra Lula, avaliam lideranças petistas. O jantar a Campos Neto foi visto como uma forma de se contrapor ao presidente, que tem no titular do Banco Central um dos principais adversários da sua gestão. “Tem uma percepção (de Lula) de uma cooptação (de Campos Neto) por um grupo de interesse específico da sociedade, nesse caso, o setor do rentismo, do qual o governador flerta, com perspectiva futura de ser presidente da República”, afirma Kiko Celeguim, presidente do PT em São Paulo.

Campos Neto teria se oferecido no jantar para ser ministro da Fazenda em um eventual mandato de Tarcísio como presidente. A informação foi publicada pela coluna Painel S.A., da Folha de S. Paulo. Campos Neto nega. O evento aconteceu no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, logo após o presidente do BC receber uma condecoração na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

O entorno do governador entende que Lula escalou Tarcísio como adversário na disputa de 2026. O jantar teria sido a gota d’água e levado o presidente a antecipar a sucessão, na ótica de aliados.

Jantar foi erro estratégico. Um secretário estadual afirmou que o evento foi maior do que deveria e passou a impressão de que havia uma ação conjunta de Tarcísio e Campos Neto contra Lula. Na ótica desse integrante do primeiro escalão, isso encorajou o petista a deflagrar munição contra o governador.

Contexto eleitoral

Lula tem polarizado com Tarcísio por vê-lo como o projeto da extrema-direita para 2026. Esta é a avaliação do cientista político e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Cláudio André de Souza. “Ele entende que tem que polarizar e enfraquecer o bolsonarismo e seu remédio genérico, que é o governador de São Paulo”, analisa. Com Jair Bolsonaro (PL) inelegível, o governador é o principal nome para herdar o espólio eleitoral do ex-presidente e pode ser adversário do petista, que não descarta disputar a reeleição.

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