Recentemente, figuras importantes da direita, que antes estavam alinhadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, estão silenciosamente se afastando da candidatura de Alexandre Ramagem à Prefeitura do Rio de Janeiro e optando por apoiar o atual prefeito Eduardo Paes. Um dos nomes que se destaca nesse movimento é o general e deputado federal, Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde no governo Bolsonaro.

Pazuello tem comentado em conversas privadas que não pretende se envolver ativamente na campanha de Ramagem e mantém relações cordiais com Paes. Essa proximidade pode ser ilustrada pelo fato de que sua filha, Stephanie dos Santos Pazuello, ocupa um cargo na assessoria de Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde do Rio.

Além de Pazuello, líderes evangélicos que antes apoiavam Ramagem também têm migrado para o campo de Paes. Essas mudanças, apesar de discretas, refletem a crescente dificuldade do candidato em atrair apoio, já que sua rejeição aumentou conforme indicam pesquisas recentes.

A campanha de Ramagem enfrenta desafios crescentes, especialmente com a ausência de apoio de pastores influentes e o distanciamento de figuras-chave do bolsonarismo. Sem respaldo de setores importantes da direita e com o aumento de sua rejeição, o caminho de Ramagem rumo à prefeitura parece cada vez mais complicado. Alguns expoentes da direita têm se movimentado nos bastidores, evitando aparições públicas ou declarações de apoio, mas deixando claro seu posicionamento nas urnas.