Atletas de alto rendimento enfrentam desafios comuns na recuperação de lesões no ligamento cruzado anterior do joelho.

O ligamento cruzado anterior é uma estrutura ligamentar fundamental no funcionamento do joelho. Ele impede o deslocamento da tíbia para frente, estabilizando a rotação, conforme explicou o médico Marco Demange, do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. A lesão no LCA pode ser causada por giros bruscos, situações de energia de trauma potencialmente grande e descontroles inesperados do movimento.
Um exemplo dessa realidade é o caso do atleta de handebol Natan Micael, que sofreu a ruptura do LCA durante uma partida do Campeonato Sul-Centro-Americano masculino. Já a jogadora de vôlei Gizele Dias teve uma lesão ainda mais grave, que a levou a não poder praticar mais o esporte convencional. No entanto, ela encontrou uma nova paixão no vôlei sentado e se tornou uma das atletas mais experientes da seleção brasileira feminina na modalidade.
A recuperação de uma lesão no LCA varia de nove meses a um ano e envolve fisioterapia e o retorno gradual às atividades esportivas. O tecnólogo hiperbárico é uma das novas técnicas que prometem acelerar o tempo de recuperação. O uso de câmaras hiperbáricas aumenta a oxigenação do sangue e auxilia na cicatrização de feridas, acelerando a forma como o ligamento prende no osso e acelerando a resistência desse ligamento.
Após a recuperação, é essencial que o atleta mantenha um trabalho preventivo para evitar novas lesões, tanto no LCA quanto em outras partes do corpo. A confiança para voltar às quadras não é um problema, mas a adaptação a um joelho modificado requer um cuidado maior para o resto da vida.
As lesões no LCA são um desafio para atletas de alto rendimento e mostram a importância de novas técnicas de recuperação, além de cuidados preventivos, para que esses esportistas possam continuar atuando em alto nível. O apoio médico e o trabalho dos profissionais de fisioterapia são fundamentais para que atletas como Rebeca Andrade, Luísa Stefani e Neymar possam superar esse tipo de lesão e retornar com segurança às competições.