DestaqueUOL

Algoritmos do TikTok direcionam usuários para a “machosfera” e aumentam radicalização masculinista, aponta estudo.





Imersão na “machosfera”: algoritmos aprofundam usuários em temas de interesse

Bolhas de conteúdo: os algoritmos criam barreiras de perspectiva para os usuários

Fragilidade na adolescência: jovens vulneráveis são alvo da radicalização online

Geração Z conservadora: homens jovens se identificam mais como conservadores

Gráficos mostram 'gap ideológico' entre homens e mulheres na Coreia do Sul, EUA e Alemanha
Gráficos mostram “gap ideológico” entre homens e mulheres na Coreia do Sul, EUA e Alemanha

Consulta ao TikTok e Google: busca por posicionamento das empresas sobre os resultados da pesquisa


No mundo digital, o usuário é impactado por algoritmos que o direcionam a conteúdos de seu interesse, criando uma imersão profunda em determinados temas, como é o caso da chamada “machosfera”. Após manifestar interesse em um assunto, ele é facilmente influenciado a consumir cada vez mais conteúdos masculinistas, formando assim uma bolha de informações que reforçam determinadas perspectivas.

Os algoritmos têm o poder de aprofundar os usuários em seus temas de interesse, gerando uma espécie de filtro para outras informações. Esse fenômeno se intensifica com o tempo, levando o usuário a se identificar com determinados grupos e ideologias, dificultando a ampliação de sua visão de mundo. Isso pode ser especialmente perigoso para adolescentes vulneráveis, que encontram na internet um refúgio para suas dificuldades de socialização.

A influência da “machosfera” não é restrita a um país, como demonstram estudos nos Estados Unidos, Alemanha e Coreia do Sul. Homens jovens da Geração Z têm apresentado uma tendência conservadora crescente, influenciada em parte pelo movimento masculinista online. Enquanto isso, as mulheres seguem o caminho oposto, identificando-se cada vez mais com ideologias liberais.

Diante desse cenário, é crucial investigar e compreender a dinâmica por trás dessa radicalização online. O UOL buscou contato com o TikTok e o Google para obter posicionamentos sobre os dados levantados na pesquisa, mantendo o espaço aberto para possíveis manifestações das empresas envolvidas. A reflexão sobre o impacto dessas bolhas de conteúdo e a necessidade de promover uma maior diversidade de informações se torna fundamental para a construção de uma sociedade mais plural e inclusiva.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo