Procurador-geral da República apoia alterações em edital de compra de câmeras para PM de SP em parecer ao STF.

As principais questões levantadas no edital dizem respeito ao acionamento do equipamento de gravação, que poderá ser feito pelo policial ou por uma central de operações, o que permite a interrupção da gravação durante as operações, e ao prazo de armazenamento das imagens, que, segundo o edital, é de 30 dias, um período considerado curto pelas entidades.
No parecer, Gonet concordou com a Defensoria em relação ao prazo de armazenamento das imagens, defendendo um período mínimo de 90 dias, conforme portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública. No entanto, ele ressaltou que o acionamento das câmeras não pode ser obrigatório, de acordo com a mesma portaria.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, se reuniu com o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, para discutir o assunto, mas o encontro foi realizado a portas fechadas. Em defesa ao edital, a procuradoria do estado afirmou que o certame é um avanço no uso de câmeras pela polícia, levando em consideração os custos, o armazenamento das imagens e a privacidade dos policiais.
O governo argumentou que o edital busca a preservação de direitos, principalmente das mulheres policiais, com ampliação da governança e dos casos de acionamento, garantindo momentos de privacidade e melhor alocação de recursos. Desta forma, a discussão sobre o uso das câmeras corporais pela Polícia Militar de São Paulo continua em destaque, com diferentes pontos de vista sendo apresentados pelas partes envolvidas.