Latinidades: Festival em Salvador exalta a força da mulher negra em sua 17ª edição, promovendo cultura, arte e equidade de gênero.

A diretora do festival, Jacqueline Fernandes, destacou a importância de ser fã das mulheres negras como um ato revolucionário em um país como o Brasil. Em entrevista à TV Brasil, ela ressaltou que em uma sociedade que marginaliza e oprime as mulheres negras, reconhecê-las e admirá-las é um gesto de resistência.
O Latinidades, que está no calendário cultural do país desde 2007, expandiu suas atividades para além do Distrito Federal, chegando também à Bahia, Goiás e São Paulo. Durante o evento, são realizadas diversas atividades que destacam a contribuição das mulheres negras em diferentes áreas, com foco na promoção da equidade de gênero e raça.
No primeiro dia do festival, houve apresentações artísticas, debates e a peça “Medeia Negra”, concebida pela atriz e escritora Márcia Limma. No sábado, a programação literária inclui conversas, lançamentos de obras e um recital da advogada e poeta Luciene Nascimento. A produtora cultural Sueide Matos destacou o afeto e o reconhecimento do lugar da mulher negra em todos os estratos sociais como aspectos marcantes do festival.
O domingo reserva o quarto Concerto Internacional Contra o Racismo, promovido pela Coalizão Global Contra o Racismo Sistêmico e pela Reparação. O evento contará com a participação de artistas da América Latina, como Sasha Campbell, William Cepeda, Bel and Quinn e Sued Nunes, em uma iniciativa de combate ao racismo em nível global.
O Festival Latinidades segue sua missão de enaltecer e valorizar a potência das mulheres negras, promovendo uma reflexão sobre a importância do reconhecimento e da celebração das suas conquistas e contribuições para a sociedade.