STJ suspende transferência de Adélio Bispo para Minas Gerais devido a conflito de competência entre juízos federais

A decisão de transferir Adélio para um estabelecimento psiquiátrico em Minas Gerais foi tomada em fevereiro, visto que ele foi considerado inimputável por transtorno mental no processo criminal que o condenou. No entanto, a vara mineira apontou falta de vaga no hospital de custódia do estado e a incapacidade das unidades médico-psiquiátricas penais de oferecer a assistência necessária.
A Defensoria Pública da União (DPU) afirma que Adélio não deveria permanecer indefinidamente em um ambiente prisional, considerando o direito garantido pela Lei nº 10.216 de 2001 às pessoas portadoras de transtornos mentais. A instituição, que presta assistência jurídica a Adélio desde junho de 2019, defende os direitos humanos e fundamentais do detento e levou a questão à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
Enquanto a questão da transferência de Adélio não é resolvida, ele permanece na Penitenciária Federal de Campo Grande. Segundo a DPU, a suposta escassez de vagas no sistema de saúde não justifica a manutenção do detento por tempo indeterminado em um ambiente prisional. A espera por uma decisão final continua, envolvendo diferentes instâncias judiciais e preocupações com a assistência adequada a Adélio dada sua condição mental.