
A ideia de Biden se retirar da corrida eleitoral e permanecer no cargo até o final de seu mandato não é algo comum na história política do país. A última vez que um presidente dos EUA fez isso foi em 1968, quando o então presidente Lyndon Johnson, também democrata, tomou essa atitude. Caso Biden desista, isso abriria a possibilidade de uma disputa interna no partido, já que nem ele nem qualquer outra pessoa poderia nomear um sucessor.
A discussão sobre a desistência de Biden coloca o Partido Democrata em uma situação delicada, conforme apontam especialistas. Por um lado, remover Biden da eleição poderia prejudicar ainda mais sua imagem, reforçando a crítica dos republicanos de que o presidente não é apto para governar os EUA por mais quatro anos. Por outro lado, a proximidade da convenção democrata e da eleição presidencial torna qualquer novo candidato em uma posição de desvantagem em relação a Donald Trump.
Diante desse cenário incerto, o partido enfrenta o desafio de encontrar uma saída que seja favorável tanto para manter a unidade interna quanto para garantir uma disputa eleitoral competitiva. Até o momento, não há indicações concretas de que Biden esteja considerando desistir da reeleição, mas os próximos meses serão decisivos para o desenrolar dessa questão. A política nos EUA continua a surpreender e a desafiar as expectativas de analistas e observadores.