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Em Toretsk, moradores idosos resistem a evacuação enquanto cidade é reduzida a escombros sob ataques russos.




Artigo Jornalístico

Pilhas de escombros se encontram onde antes havia prédios. Blocos de apartamentos queimados se tornaram inabitáveis. A torre de uma igreja caiu, e nuvens de fumaça se erguem à distância devido aos projéteis que chegam.

Em um pátio residencial, um grupo de moradores, na maioria idosos, se reúne para ouvir Ivan, um policial com uniforme camuflado que tenta convencê-los a deixar Toretsk com sua equipe de retirada.

Centenas de policiais como ele e voluntários ucranianos estão tentando fazer o mesmo em cidades e vilarejos ao longo da linha de frente, antes que sejam reduzidos a escombros e incorporados ao território controlado pelos russos.

“Vocês todos vão ficar?”, perguntou ele, falando com firmeza e rapidez. “Não conseguem ver como a situação está mudando? Se vocês acham que vão ficar de fora, isso não vai acontecer.”

Sua oferta tem sido aceita por alguns e recusada por outros. Muitas pessoas que ficaram não querem partir para uma vida incerta em partes mais seguras da Ucrânia. Outros se recusam a se separar de parentes e amigos idosos.

“Só restei eu, todos os outros estão enterrados”, disse Valentyna, uma ex-diretora de escola que deu apenas seu primeiro nome. “Os aviões estão voando todas as noites e atacando, especialmente nos últimos dois dias”, acrescentou a senhora de 75 anos, chorando.

Neste cenário devastador, destacam-se as ações corajosas de Ivan e sua equipe, que buscam salvar o máximo de vidas possível antes que as cidades e vilarejos sejam completamente destruídos. O trabalho incansável dos policiais e voluntários ucranianos é essencial para garantir a segurança da população e evitar a incorporação desses territórios pelas forças russas.

A negativa de alguns moradores em deixar suas casas demonstra a forte ligação emocional que muitos têm com suas comunidades e o medo do desconhecido. A situação precária em que se encontram, no entanto, evidencia a urgência de sair dessas áreas de conflito antes que seja tarde demais.

Por: Um Jornalista


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