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Desembargador do TJPR é investigado após declaração polêmica sobre assédio às mulheres nas ruas

Desembargador do TJPR afirma que mulheres estão assediando homens nas ruas

Em uma declaração polêmica durante uma sessão no dia 3 de julho, o desembargador Luis Cesar de Paula Espíndola, do Tribunal de Justiça do Paraná, afirmou que atualmente são as mulheres que estão assediando e correndo atrás dos homens nas ruas, pois há uma escassez do sexo masculino. O magistrado apontou que o mercado está diferente e que as mulheres estão “loucas atrás dos homens” devido à falta deles.

Essa afirmação gerou repercussão e levou o Corregedor Nacional de Justiça a dar 15 dias para o magistrado se explicar. Com a abertura da Reclamação, Espíndola pode ser condenado a penas administrativas, como censura e afastamento temporário do cargo. O corregedor Luís Felipe Salomão destacou a importância de discutir a cultura de violência de gênero na sociedade.

“Ela é fomentada por crenças e atos misóginos e sexistas, além de estereótipos culturais de gênero. Ao se tornar habitual e naturalizada, a discriminação dá ensejo à violência, e gera práticas sociais que permitem ataques contra a integridade, saúde e liberdade da mulher. A responsabilidade do Poder Judiciário e de seus membros, nesse mister, é inafastável.”
Luís Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça

‘Episódios Recorrentes’

Salomão apontou que episódios como o do Paraná têm sido recorrentes no Poder Judiciário. A Corregedoria Nacional de Justiça é o órgão do CNJ responsável por investigar, no âmbito administrativo, as denúncias de desvios de conduta de magistrados de todo o país.

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