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Resultados eleitorais no Reino Unido surpreendem
No mais recente pleito no Reino Unido, os conservadores perderam 250 assentos no Parlamento, um revés significativo para o partido. Mesmo com a reeleição de Rishi Sunak como deputado, 12 ministros do seu gabinete foram derrotados nas urnas, incluindo a ex-primeira ministra Liz Truss. Em regiões tradicionalmente de direita, como a área universitária de Oxford, os conservadores registraram o pior desempenho em um século.
Por outro lado, os liberais-democratas comemoram um crescimento substancial, passando de oito para 71 cadeiras, ao atrair parte do eleitorado de direita descontente com os conservadores.
A expectativa de crescimento do partido Reform, liderado por Nigel Farage, não se concretizou, tendo conquistado apenas quatro cadeiras, muito abaixo das 13 previstas pelas pesquisas de boca de urna.
O partido verde, que anteriormente possuía apenas um deputado, agora conta com quatro representantes. Embora pareça um número modesto, é importante destacar que os ecologistas foram bem-sucedidos em todos os distritos nos quais concentraram esforços de campanha. Além disso, a presença do ex-líder trabalhista Jeremy Corbyn, que concorreu como independente e derrotou o candidato trabalhista em Londres, fortalecerá a presença da esquerda radical no Parlamento.
Diferentemente de outros sistemas eleitorais, o novo primeiro-ministro trabalhista Keir Starmer assume o cargo sem ter conquistado a maioria dos votos, refletindo as particularidades do sistema de voto distrital do Reino Unido, no qual Starmer recebeu 35% dos votos totais.
A participação nas eleições foi de 60% dos eleitores aptos, uma taxa mais baixa em comparação a pleitos anteriores, indicando possíveis desinteresse ou desesperança dos britânicos em relação à política.