Previsão de Medalhas para os Jogos Olímpicos de Paris

Com a proximidade dos Jogos Olímpicos de Paris, a expectativa sobre as chances de medalhas para o Brasil torna-se o centro das discussões. Especialistas de diversas áreas esportivas são consultados para avaliar os atletas brasileiros em cada modalidade. Neste cenário, uma abordagem estatística proposta há duas décadas pelos economistas Andrew Bernard e Meghan Busse ganha destaque.

O modelo estatístico desenvolvido por Bernard e Busse considera variáveis como população, renda per capita, desempenho anterior, e o país sede. Esses fatores orientam a previsão do total de medalhas que um país pode conquistar, sem levar em conta o desempenho individual dos atletas.

A lógica por trás das variáveis utilizadas é simples: países com maior população têm maior probabilidade de produzir atletas de alto rendimento, enquanto nações mais ricas tendem a investir mais em esportes devido aos recursos disponíveis. Além disso, o país sede costuma ter vantagens decorrentes do apoio da torcida e do investimento extra para impulsionar o desempenho na competição.

Seguindo os passos de Bernard e Busse, o modelo estatístico foi aplicado considerando dados desde os Jogos de 1996. Os resultados obtidos, baseados em informações populacionais e econômicas recentes, indicam uma previsão para as Olimpíadas de Paris-2024.

Com base nas previsões, os 20 países que lideram o ranking de medalhas esperadas em Paris são:

É importante ressaltar que a previsão pode sofrer alterações devido a eventos atípicos, como a situação da Rússia, que terá uma delegação reduzida devido à crise na Ucrânia. Além disso, a falta de dados de alguns países, como Cuba, pode impactar a precisão da previsão.

Em análises anteriores, o modelo foi capaz de prever com precisão o desempenho do Brasil, indicando 21 medalhas tanto para Tóquio-2020 como para Paris-2024. O peso do histórico de desempenho na estimativa das medalhas reforça a persistência do processo esportivo ao longo dos anos.

Os resultados finais e o desempenho real dos países serão acompanhados de perto durante os Jogos Olímpicos de Paris-2024, permitindo a comparação entre as previsões estatísticas e os resultados concretos da competição.