Senador Marcos Rogério defende independência financeira do Banco Central e critica ataques do governo.

O senador Marcos Rogério (PL-RO) fez um pronunciamento contundente no Plenário do Senado, nesta quarta-feira (3), defendendo veementemente a independência financeira do Banco Central. Para o parlamentar, a autonomia financeira e administrativa garantida pela Lei Complementar 179/2022 é crucial para proteger a instituição de possíveis interferências políticas que possam comprometer a economia e a estabilidade do país.
Em meio a críticas ao governo pelas constantes investidas contra a instituição, o senador ressaltou a necessidade de fortalecer a proteção à autonomia do Banco Central. Ele defendeu a aprovação da PEC 65/2023, uma proposta de emenda à Constituição que amplia a independência da instituição, especialmente em relação às decisões sobre a política monetária.
Para Marcos Rogério, as decisões do Banco Central não devem ser sujeitas aos interesses políticos momentâneos, mas sim baseadas em critérios técnicos e de estabilidade econômica. O senador alertou que a interferência política poderia resultar em consequências negativas, como a desvalorização do real em relação ao dólar, como observado recentemente.
O senador enfatizou que as decisões cruciais, como a definição da taxa básica de juros e metas de inflação, são atribuições do Comitê de Política Monetária (Copom) e não devem ser tomadas de forma unilateral pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Em relação aos ataques recentes por parte do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, o senador demonstrou preocupação com o impacto negativo dessas discordâncias públicas na economia. Marcos Rogério questionou as motivações por trás desses ataques e alertou para a necessidade de um diálogo construtivo entre o governo e a instituição financeira.
Ao falar sobre a recente alta do dólar em resposta aos atritos entre o governo e o Banco Central, o senador reforçou a importância da estabilidade institucional para a segurança econômica do país. Ele destacou que a postura do ex-presidente Lula em fazer críticas públicas ao presidente do BC sem considerar as consequências reais dessas ações pode gerar instabilidade e desconfiança nos mercados.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)