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Reforma do Ensino Médio: Principais entraves no Congresso estão relacionados à carga horária das aulas para os alunos.




Revisão da reforma do ensino médio tem entraves na organização da carga horária

Revisão da reforma do ensino médio tem entraves na organização da carga horária

No trâmite do projeto sobre a revisão da reforma do ensino médio no Congresso Nacional, os maiores entraves estão concentrados na organização da carga horária de aulas. Previsto para entrar em vigor em 2025, o projeto ainda em tramitação deixa em aberto como os alunos terão acesso às novas regras.

O projeto de lei encaminhado pelo governo Lula (PT) já passou pela Câmara e pelo Senado, porém, devido a alterações feitas pelos senadores, retornou para apreciação dos deputados. A expectativa é que a versão aprovada na Câmara seja restabelecida, segundo parlamentares e secretários de Educação, e então seguir para sanção presidencial.

O relator do texto na Câmara, deputado Mendonça Filho (União-PE), afirmou à Folha que irá trabalhar para preservar o texto resultante de acordo com o governo, secretários de Educação e a Câmara. A expectativa é que a votação do texto ocorra antes do início do recesso do Congresso, em 18 de julho.

Entenda o que ainda está em discussão na revisão

Principais pontos em debate: A maior polêmica do texto aprovado no Senado está relacionada à carga horária para o ensino técnico e profissional, com previsão de aumento no número de horas nesse tipo de formação. Além disso, foi incluída a obrigatoriedade do ensino de espanhol e maior rigor na contratação de professores por notório saber, pontos que devem ser revertidos na Câmara.

Permanência dos princípios atuais: O ensino médio continuará seguindo o princípio da flexibilização, dividido em dois blocos: uma parte comum a todos os alunos, baseada na Base Nacional Comum Curricular, e outra destinada aos itinerários de aprofundamento. Os alunos continuarão tendo a liberdade de escolher qual itinerário cursar, de acordo com a oferta da escola.

Mudanças em relação ao formato atual: Tanto o texto aprovado na Câmara quanto o do Senado propõem o aumento da carga horária da parte comum para todos os alunos, visando ampliar a formação geral básica e corrigir críticas referentes à perda de conteúdos importantes.

Implementação das mudanças: Com o tema ainda em trâmite, há uma incerteza sobre como o novo formato será implementado nas salas de aula. Secretários de Educação dos estados preveem trabalho adicional na revisão das matrizes curriculares e na adaptação dos itinerários à nova realidade, principalmente para os alunos que já estão no ensino médio e hoje seguem a estrutura definida em 2017.

Essas são algumas das questões em destaque na reforma do ensino médio, que está em fase avançada de discussão no Congresso Nacional. A expectativa é que as mudanças tragam melhorias significativas para a educação no Brasil, adequando o ensino às necessidades e demandas atuais dos estudantes.


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