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Protestos pacíficos na Argentina resultam em confrontos violentos e detenções controversas, denuncia a Comissão Interamericana de Direitos Humanos.




Protestos na Argentina preocupam a CIDH

Protestos na Argentina preocupam a CIDH

“Estamos preocupados com o uso desproporcional da força pública contra jornalistas e indivíduos que participam de protestos pacíficos na Argentina, bem como com atos de violência perpetrados por cidadãos privados durante esses protestos”, disse a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

Imagens da agência Reuters mostraram um carro em chamas durante o protesto, com manifestantes dispersos jogando pedras e garrafas. A polícia supostamente respondeu com armas não letais, incluindo irritantes químicos, cassetetes, balas de borracha e canhões de água, segundo a CIDH.

O governo argentino emitiu uma declaração dizendo que as forças de segurança haviam detido “terroristas armados com paus, pedras e até granadas, que tentaram perpetrar um golpe de Estado.”

Após os protestos, 33 pessoas foram presas sob acusações relacionadas à quebra da ordem pública e constitucional, mas 28 foram liberadas devido à insuficiência de provas, deixando cinco em prisão preventiva.

A vice-presidente Victoria Villarruel, que desempatou a votação do projeto após um longo debate no Congresso, citou em seu voto duas Argentinas: uma violenta e outra esperando com dor “e sacrifício a mudança pela qual votaram”.

A extensa legislação, que promove incentivos ao investimento, privatização de várias entidades estatais e revisões fiscais, faz parte do plano do governo para combater a pior crise econômica das últimas décadas, com 300% de inflação, alta carga de dívidas e aumento da pobreza.


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