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PF deflagra 2ª fase da Operação Venire contra inserção de dados falsos de vacinação no sistema do Ministério da Saúde em Duque de Caxias

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (4) a segunda fase da Operação Venire, com o objetivo de investigar uma associação criminosa responsável por inserir dados falsos de vacinação contra a covid-19 nos sistemas do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), vinculados ao Ministério da Saúde. Segundo informações divulgadas pela corporação, mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos, sob ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), contra agentes públicos ligados ao município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, suspeitos de participar do esquema fraudulentos.

Além da busca por novos beneficiários envolvidos no esquema, a PF informou que dois mandados estão sendo cumpridos nas cidades do Rio de Janeiro e de Duque de Caxias. A primeira fase da Operação Venire ocorreu em maio do ano passado, quando o ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, foi preso. Na ocasião, foi revelada a adulteração nos registros de vacinação do ex-presidente, de sua filha e do ex-ajudante.

De acordo com as investigações, a imunização teria sido registrada como realizada em uma Unidade Básica de Saúde em São Paulo, porém a prefeitura da cidade afirmou que o ex-presidente nunca foi atendido nesta unidade e que a vacinadora registrada no sistema nunca trabalhou lá. O Ministério da Saúde ressaltou que todas as informações inseridas no sistema de registro de imunizações do SUS são rastreáveis e realizadas mediante cadastro, não havendo relatos de invasão externa durante o período investigado pela PF.

A Operação Venire busca esclarecer e combater possíveis fraudes no sistema de vacinação do país, garantindo a transparência e a veracidade das informações inseridas. A investigação continua em andamento para identificar os envolvidos e coibir práticas ilegais que possam comprometer o processo de imunização da população contra a covid-19.

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