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Operação Venire: PF investiga associação criminosa por inserção de dados falsos de vacinação no sistema de saúde

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje a segunda fase da Operação Venire, com o intuito de investigar uma associação criminosa responsável por inserir dados falsos de vacinação contra a covid-19 nos sistemas do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) do Ministério da Saúde. Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Duque de Caxias (RJ) contra agentes públicos suspeitos de participação nesse esquema fraudulento, sob determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Segundo a PF, a ação visa identificar novos envolvidos no esquema e garantir a punição dos responsáveis por inserir informações falsas no sistema de vacinação. No total, dois mandados estão sendo cumpridos nas cidades do Rio de Janeiro e de Duque de Caxias. Essa operação é decorrente da primeira fase da Operação Venire, que ocorreu em maio do ano passado e resultou na prisão do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa.

Na primeira fase, a investigação apontou para a adulteração nos cartões de vacina de Bolsonaro, sua filha Laura e Mauro Cid, onde constava que eles teriam sido imunizados em uma Unidade Básica de Saúde em São Paulo. No entanto, a prefeitura de São Paulo negou que o ex-presidente tenha sido vacinado na unidade mencionada no registro e afirmou que a profissional registrada como vacinadora nunca trabalhou lá.

O Ministério da Saúde ressaltou que todas as informações inseridas no sistema de registro de imunizações do SUS são rastreáveis e feitas mediante cadastro, não havendo registros de invasão externa ou acesso sem cadastro ao sistema. A PF continua a investigação para identificar todos os envolvidos nesse esquema fraudulento de inserção de dados falsos de vacinação no sistema de saúde.

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