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Operação Venire: PF investiga associação criminosa por inserção de dados falsos de vacinação contra a covid-19 no sistema de saúde

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira a segunda fase da Operação Venire, que investiga a suspeita de uma associação criminosa responsável por inserir dados falsos de vacinação contra a covid-19 nos sistemas de informação do Programa Nacional de Imunizações e da Rede Nacional de Dados em Saúde, ambos do Ministério da Saúde. Segundo informações divulgadas pela corporação, a ação resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão emitidos pelo Supremo Tribunal Federal, a pedido da Procuradoria-Geral da República, contra agentes públicos ligados ao município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, que seriam responsáveis por inserir os dados falsos.

Além disso, a Polícia Federal informou que a operação visa identificar novos beneficiários do esquema fraudulento. Ao todo, foram cumpridos dois mandados nas cidades do Rio de Janeiro e de Duque de Caxias. Vale ressaltar que essa é a segunda fase da Operação Venire, com a primeira fase iniciada em maio do ano passado, quando o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, foi preso.

Na primeira fase da operação, autoridades investigaram a adulteração no cartão de vacina de Bolsonaro, de sua filha Laura e de Mauro Cid. As vacinações teriam sido realizadas em uma Unidade Básica de Saúde em São Paulo, no entanto, a prefeitura da cidade afirmou que não houve atendimento ao ex-presidente e que a profissional registrada como vacinadora nunca trabalhou na unidade mencionada.

O Ministério da Saúde também se pronunciou sobre o caso, afirmando que todas as informações inseridas no sistema de registro de imunizações do SUS são rastreáveis e feitas mediante cadastro, sem relatos de invasão externa nos sistemas. A investigação continua em andamento para esclarecer a extensão do esquema fraudulento e identificar todas as partes envolvidas.

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