Julgamento de Bolsonaro por recebimento de joias de presente

O senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, fez uma denúncia pública em relação ao que ele chamou de “perseguição declarada e descarada” contra seu pai, o ex-presidente Bolsonaro. Segundo Flávio, os bens em questão foram devolvidos ao Estado e não houve danos aos cofres públicos, no entanto, policiais que, segundo ele, foram selecionados especificamente para essa tarefa, acabaram indiciando o ex-presidente.

Todo esse caso veio à tona pela primeira vez em março de 2023, através do jornal O Estado de S.Paulo. Até o momento, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que também estava sendo investigada, não foi incluída na lista de indiciados.

A decisão de apresentar uma acusação formal contra Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal ficará a cargo da Procuradoria-Geral da República.

As joias em questão estavam guardadas dentro de uma mochila pertencente à comitiva do ministro de Minas e Energia, que retornava de uma viagem oficial ao Oriente Médio. Diversos funcionários do governo estavam envolvidos em isentar o pagamento das peças, sendo que a última movimentação ocorreu dias antes do término do mandato de Bolsonaro.

Posteriormente, foi revelado que existiam outros dois conjuntos de joias que não foram encontrados no acervo presidencial após a saída de Bolsonaro do poder. O Tribunal de Contas da União (TCU) declarou que esse tipo de presente constitui patrimônio público.

No mês passado, a Polícia Federal divulgou que identificou uma tentativa irregular de venda de mais uma peça, presente oferecido pelo governo saudita ao Brasil durante o governo Bolsonaro. Segundo informações da imprensa, os conjuntos continham joias da marca suíça de luxo Chopard, assim como um Rolex de ouro branco e diamantes.