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Estudantes brasileiros mostram baixa criatividade na resolução de problemas, revela avaliação internacional do Pisa. Como estimular essa habilidade?






Desafios da Criatividade na Educação Brasileira

Dados do Pisa revelam baixo índice de criatividade entre estudantes brasileiros

Recentes dados da última avaliação do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) apontam que jovens brasileiros de 15 anos enfrentam desafios na resolução de problemas de forma criativa. O estudo comparativo internacional, que englobou 56 países membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), posicionou o Brasil em 44º lugar, atrás de nações latino-americanas como Colômbia, Peru e Uruguai. Com uma pontuação de apenas 23 pontos em uma escala de 0 a 60, o país ficou abaixo da média estabelecida pela OCDE.

Um dos principais pontos fracos identificado na criatividade dos estudantes brasileiros está relacionado à área de resolução de problemas científicos. Além disso, chamou a atenção a disparidade nos resultados entre estudantes de baixa renda, que obtiveram 19 pontos, e os mais abastados, com 30 pontos.

Embora a avaliação em si seja um instrumento pouco estimulante para a criatividade dos jovens, ela ressalta a importância de processos educativos que incentivem a autoria dos alunos. Focar não apenas na absorção de conteúdos externos, mas também na capacidade de pensar criticamente e propor soluções inovadoras é essencial para um ensino mais eficaz e engajador.

A criatividade tem sido reconhecida como uma competência fundamental na educação há muito tempo. Autores como Benjamin S. Bloom e Paulo Freire destacam a importância de estimular a capacidade de pensar de forma original e crítica, não se limitando apenas à reprodução de informações.

Em um cenário contemporâneo marcado pela influência das redes sociais, os desafios para promover a criatividade entre os estudantes se tornam ainda mais complexos. Enquanto as mídias digitais podem ser poderosos veículos para expressão autoral, muitas vezes acabam incentivando a reprodução de tendências passageiras em detrimento da inovação genuína.

No entanto, iniciativas pedagógicas que estimulam a criatividade dos alunos, como a elaboração de campanhas educativas reais, podem gerar impactos positivos na comunidade, promovendo não apenas a expressão individual, mas também comportamentos responsáveis e empáticos. Nesse contexto, o papel da educação é fundamental para formar indivíduos críticos e propositivos, capazes de identificar problemas e buscar soluções eficazes em diferentes contextos.

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