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Alta no dólar e recuperação de cotação de petróleo e minério de ferro elevam projeção de superávit comercial para 2024

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) revisou para cima a projeção de superávit comercial para o ano de 2024. Isso foi motivado pela alta no dólar e pela recuperação das cotações do petróleo e do minério de ferro. A estimativa anterior de um superávit de US$ 73,5 bilhões foi revista para US$ 79,2 bilhões, representando um aumento significativo.

Essa projeção é atualizada a cada três meses e, se confirmada, resultará em um superávit 19,9% menor do que o registrado em 2023, que foi de US$ 98,9 bilhões. No entanto, o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do MDIC, Herlon Brandão, destaca que esse ainda seria o segundo maior saldo comercial da história do Brasil.

Mesmo com a revisão para cima do superávit, as importações devem crescer mais do que as exportações em 2024, em comparação com os resultados de 2023. O governo estima exportações no valor de US$ 345,4 bilhões, um aumento de 1,7% em relação ao ano anterior. Já as importações estão previstas para atingir US$ 266,2 bilhões, um avanço de 10,6%.

Essa revisão nas projeções se deve, em parte, à melhoria nos preços de algumas commodities, como o petróleo e o minério de ferro, que tiveram uma recuperação no último mês. Além disso, o aumento na safra de café também contribuiu para essa revisão positiva. Por outro lado, o aumento nas importações é justificado pela recuperação da renda do brasileiro e pela retomada da atividade industrial, que estimula a importação de bens de consumo e de bens de capital.

Dessa forma, o cenário econômico para o comércio exterior do Brasil em 2024 aponta para um saldo positivo, embora menor do que o ano anterior, mas ainda significativo. A revisão para cima nas projeções reflete os movimentos do mercado internacional e a recuperação de setores-chave da economia brasileira.

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