Inflação oficial de novembro acelera para 0,28% devido ao aumento no preço dos alimentos, aponta IBGE

O IPCA mede a inflação para famílias com renda de até 40 salários mínimos, e o resultado de 12 meses está dentro da meta do governo, atingindo 4,68%. Isso se encontra próximo ao limite da meta estipulada pelo governo, de 3,25% com uma tolerância de 1,5%, totalizando 4,75%.
No acumulado de 12 meses, o IPCA acumula 4,68%, valor próximos ao limite máximo da meta anual estipulada pelo governo, de 4,75%. O alto preço dos alimentos foi o principal influenciador desse resultado, com um aumento de 0,63%, mais que o dobro do registrado em outubro, 0,31%. O grupo de alimentos e bebidas foi o que mais contribuiu para esse aumento, representando 0,13 ponto percentual (pp) no IPCA.
André Almeida, gerente da pesquisa do IBGE, explicou que fatores climáticos, como temperaturas mais altas e um maior volume de chuvas, influenciaram o aumento de preços dos alimentos. Isso afetou principalmente os tubérculos, legumes e hortaliças.
A elevação dos preços foi observada tanto nos alimentos para consumo em casa, que subiram 0,75%, quanto nos alimentos fora de casa, que tiveram um aumento de 0,32%. Os serviços públicos, como habitação, também tiveram um aumento de 0,48%, influenciado pelos reajustes de preços de serviços como a conta de luz e a tarifa de água e esgoto.
Os transportes tiveram uma alta de 0,27% e impactaram o IPCA em 0,06 ponto percentual. As passagens aéreas tiveram um aumento de 19,12%, enquanto os preços da gasolina e do etanol recuaram. O IBGE também divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda de até cinco salários mínimos. Em novembro, o INPC subiu 0,10%, acumulando 3,85% em 12 meses.
Esses números revelam um cenário de aceleração da inflação, especialmente no que se refere aos alimentos, o que pode impactar o orçamento das famílias e gerar preocupações em relação ao poder de compra.