Presidentes de Londrina e Tombense negam anomalias em partida investigada pelo STJD após depoimento na CPI da Manipulação de Jogos

Os presidentes dos clubes de futebol Londrina e Tombense, Getúlio Marques Castilho e Lane Gaviole, respectivamente, foram pressionados durante depoimento na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, em relação à partida entre as equipes no dia 19 de maio de 2023. O controverso jogo está sendo investigado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Apesar do Tombense ter perdido por 2 a 0 para o Londrina, ambos os presidentes afirmaram não terem notado nada de anormal durante a partida. O destaque ficou por conta de um cartão amarelo mostrado nos acréscimos do jogo ao zagueiro Wesley, do Tombense, pelo árbitro Jefferson Ferreira de Morais, de Aparecida de Goiânia, onde reside. Essa atitude beneficiou muitas apostas na região.
Diante das indagações dos senadores Romário e Jorge Kajuru, os presidentes mantiveram a posição de que não identificaram condutas suspeitas por parte do árbitro. Getúlio Castilho assegurou que a gestão do futebol estava a cargo da SM Sports na época da partida.
Jorge Kajuru levantou outras suspeitas de manipulação envolvendo os clubes, como nos jogos Sampaio Corrêa x Londrina e Criciúma x Tombense, ambos válidos pela Série B de 2022. O presidente do Tombense, Lane Gaviole, ressaltou que não percebeu irregularidades durante tais partidas.
Kajuru destacou a importância de incluir cláusulas mais rigorosas nos contratos dos jogadores, visando punições mais severas em casos de manipulação de resultados. Ele criticou a postura do Tombense em manter uma “rescisão amigável” com o zagueiro Joseph, suspeito de envolvimento com o esquema de apostas.
Diante das respostas dos presidentes, a investigação sobre possíveis irregularidades nos jogos envolvendo Londrina e Tombense segue em andamento, com desdobramentos ainda incertos.