Agência BrasilDestaque

Paulo Teixeira afirma que novo edital do leilão para importação de arroz está pronto, mas decisão final é de Lula.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, anunciou nesta quarta-feira (3) que o novo edital do leilão para importação de arroz está pronto para ser lançado. No entanto, a decisão de realizar a compra pública cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa declaração veio após o governo ter anulado um leilão realizado no mês passado devido a “fragilidades” no edital do certame.

Em uma coletiva de imprensa realizada no Palácio do Planalto, Teixeira discutiu a possibilidade de desistência do governo em realizar a compra, mencionando que mais de R$ 7 bilhões foram disponibilizados para a aquisição de até 1 milhão de toneladas de arroz. Ele afirmou que estão considerando todas as possibilidades e que, em última instância, a decisão será tomada pelo presidente Lula.

O objetivo dessa compra pública é assegurar o abastecimento e estabilizar os preços do produto no mercado interno. Após as inundações no Rio Grande do Sul em abril e maio, os preços do arroz tiveram um aumento médio de 14%, podendo chegar a 100% em algumas regiões. O estado é responsável por aproximadamente 70% da produção de arroz consumido no Brasil, e a produção foi impactada tanto nas lavouras quanto nos armazéns, além de enfrentar problemas logísticos.

Para garantir um preço justo aos produtores, o governo vai utilizar o mecanismo de contratos de opção, estabelecendo um valor mínimo para o arroz. De acordo com Teixeira, isso assegura aos agricultores a comercialização do produto a um preço adequado ao mercado. Além disso, durante o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/2025, o governo anunciou uma nova estratégia nacional para ampliar a produção de arroz da agricultura familiar, com foco em crédito, assistência técnica, sementes, beneficiamento, comercialização e contratos de opção com um preço mínimo estabelecido. A taxa de custeio para produção será de 3% para o arroz convencional e 2% para o arroz orgânico.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo