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Em meio a crise econômica, Lula enfrenta desafios e pressão cambial que ameaçam governo e eleitores. O custo do embate preocupa.




Lula recebe alerta de economistas durante jantar

Lula recebe alerta de economistas durante jantar

O ex-presidente Lula foi confrontado com uma mensagem pragmática durante um jantar com renomados economistas do país. Personalidades como Guido Mantega e Luiz Gonzaga Belluzzo fizeram um alerta preocupante: embora o presidente possa estar correto em suas críticas aos investidores e ao Banco Central, o custo do embate pode se tornar muito alto para o governo.

A pressão do dólar sobre a inflação agora surge como um risco iminente para o petista. O que inicialmente poderia ser visto como um debate saudável sobre as diferentes visões econômicas rapidamente se transformou em um problema que ameaça afetar a percepção dos eleitores.

Em resumo: se os preços dos alimentos dispararem, poucas pessoas se importarão com quem está certo na discussão. A maioria, sem dúvida, buscará culpados por uma crise que não existia antes desse conflito.

É comum que qualquer presidente seja alvo desse tipo de julgamento desfavorável. A frustração com a inflação costuma recair majoritariamente sobre o governo. No caso particular de Lula, ele enfrenta também a reação dos investidores a cada declaração sua sobre equilíbrio fiscal e taxas de juros.

Mesmo que uma parcela dos eleitores apoie o ex-presidente, a maioria da população tende a ficar mais descontente por arcar com custos mais elevados em alguns produtos como resultado desse embate. Como o mais famoso pugilista que depende dos votos para se manter, Lula pode acabar pagando o preço mais alto.

A disputa também complica a busca do governo por uma agenda de redução de gastos. Em um cenário de tranquilidade no mercado, o governo poderia satisfazer os investidores com cortes moderados. Agora, as incertezas em relação ao futuro elevam o custo do pedágio e exigem cortes mais profundos.

Na quarta-feira (3), Lula escolheu suas palavras com cuidado ao falar sobre economia. Garantiu que investirá em programas de transferência de renda e utilizará os recursos necessários, ao mesmo tempo em que reiterou o compromisso com a responsabilidade fiscal. Reforçar sua plataforma e demonstrar previsibilidade é um passo importante, que se tivesse sido tomado desde o início, poderia ter evitado turbulências financeiras onerosas.

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