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Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela convida organizações brasileiras simpáticas ao chavismo para observar eleições em 28 de julho.



Artigo Jornalístico

O Conselho Nacional Eleitoral convida entidades brasileiras para acompanhar eleições na Venezuela

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela convidou organizações sociais brasileiras simpáticas ao chavismo para acompanharem as eleições no país em 28 de julho. A entidade eleitoral, controlada por aliados do ditador Nicolás Maduro, enviou um convite ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), porém, a missão de observação foi limitada a dois técnicos, o que foi recusado pelo tribunal brasileiro que alegou estar focado no pleito municipal de outubro.

As categorias de acompanhamento e observação são distintas no sistema venezuelano e há incertezas sobre os níveis de acesso e as funções que os enviados poderão desempenhar durante o processo eleitoral.

A lista de entidades sociais convidadas pelo regime venezuelano, composta por MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra), Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz) e representantes da Assembleia Internacional dos Povos e da Alba Movimentos, foi encaminhada ao Itamaraty em maio. Todas essas organizações defendem o chavismo e assinaram um manifesto que endossa as ideias do regime, criticando a oposição e os Estados Unidos pela suposta campanha de difamação do processo eleitoral venezuelano.

O presidente do Cebrapaz, José Reinaldo de Carvalho, afirmou que a organização pretende enviar representantes para a missão de observação, enquanto o MST ainda não definiu quem irá representá-los em Caracas.

As Eleições e as Questões Internacionais

Maduro busca um terceiro mandato em um pleito marcado por denúncias de perseguição contra adversários e violações de direitos políticos de opositores. A falta de monitoramento independente é uma das preocupações dos especialistas internacionais, destacando o cancelamento do convite da União Europeia para a missão de observação. A ONU enviará especialistas para produzir um relatório confidencial sobre o processo eleitoral, porém, sem poder manifestar juízo público sobre a condução das eleições.

Enquanto o Brasil recebeu convite para indicar observadores, o TSE declinou a proposta de acompanhar as eleições na Venezuela, direcionando seus esforços para as eleições municipais em outubro. O Parlasul também decidiu não enviar uma missão de acompanhamento, enquanto o PT, partido do ex-presidente Lula, deve participar da observação a convite do PSUV de Maduro.

A oposição venezuelana também realiza convites internacionais para acompanhamento, embora não tenha divulgado se enviou convites a personalidades ou entidades brasileiras. A situação eleitoral na Venezuela continua a gerar debates e movimentações políticas que transcendem as fronteiras do país.

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