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Bolívia é a grande estrela da próxima cúpula do Mercosul em Assunção, marcando seu ingresso pleno no bloco comercial.

Na próxima segunda-feira (8), acontecerá a próxima reunião de cúpula do Mercosul em Assunção, Paraguai, com a presença marcante da entrada plena da Bolívia no bloco comercial. Após a aprovação pelos parlamentos dos países-membros, incluindo a Bolívia, a secretária para a América Latina e Caribe do Itamaraty, Gisela Padovan, destacou que esse será o grande tema da cúpula.

Gisela ressaltou a expectativa de que o Senado boliviano aprove, ainda nesta quarta-feira (3), a entrada do país no Mercosul, o que seria a última etapa para o anúncio oficial na reunião de cúpula. Com a Bolívia ingressando no bloco, o Mercosul passará a ter seis membros efetivos, mesmo com a Venezuela suspensa por tempo indeterminado.

Após a entrada plena da Bolívia, o país terá quatro anos para cumprir todas as condicionantes necessárias para ser membro do Mercosul, incluindo questões de trocas comerciais e manutenção da democracia. Além disso, a embaixadora reiterou a posição do governo brasileiro em condenar qualquer tentativa de golpe, como o ocorrido recentemente na Bolívia.

Durante a cúpula, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai expressar solidariedade ao presidente Luis Arce, com quem terá reuniões bilaterais, e também se encontrará com empresários brasileiros e bolivianos. Outros temas a serem discutidos incluem a migração entre os dois países e a segurança, principalmente em relação ao narcotráfico.

Dentre os novos acordos que serão firmados no âmbito do Mercosul, está o aumento da capacidade de operação da Usina Hidrelétrica de Jirau, um acordo para fomentar a produção cinematográfica em conjunto e a organização de ações de prevenção e combate a desastres naturais. Também será formado um novo comitê para discutir questões que afetam o fluxo do comércio entre os países do bloco.

Por outro lado, o Itamaraty manifestou desapontamento com a decisão do presidente argentino Javier Milei de não comparecer à cúpula do Mercosul. Apesar disso, a embaixadora Gisela Padovan afirmou que a maturidade do Mercosul permitirá que a ausência não altere substancialmente o evento. Milei tem planos de participar de outra conferência no final de semana, onde se encontrará com o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

Em meio a esse cenário, o Brasil não recebeu nenhum comunicado oficial sobre a visita de Milei, que tem utilizado as redes sociais para atacar o ex-presidente Lula. Os representantes do Itamaraty optaram por não comentar sobre esses ataques, mantendo o foco nos preparativos para a próxima reunião do Mercosul.

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