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Atraso bilionário: Testes do maior experimento de energia de fusão nuclear do mundo serão adiados por anos, gerando custos adicionais exorbitantes.




Atrasos no maior experimento de energia de fusão nuclear do mundo

Atrasos no maior experimento de energia de fusão nuclear do mundo

No maior experimento de energia de fusão nuclear do mundo, o Reator Internacional Termonuclear Experimental (Iter), os testes estão sendo adiados por anos, resultando em bilhões de dólares em custos adicionais. O projeto, que está sendo construído no sul da França por um consórcio de mais de 30 países, tem enfrentado problemas na cadeia de suprimentos, os quais se intensificaram durante a pandemia de Covid-19.

O Iter é um projeto complexo que contará com mais de 1 milhão de peças e visa desenvolver a fusão nuclear como uma fonte de energia limpa. No entanto, os atrasos recentes levantam dúvidas sobre a possibilidade de a fusão se tornar viável a tempo de combater os efeitos das mudanças climáticas neste século.

O diretor-geral do projeto, Pietro Barabaschi, expressou preocupação com os atrasos, afirmando que “não devemos esperar a fusão nuclear para resolver os problemas que a humanidade enfrenta agora”. Este é o segundo reajuste de orçamento e cronograma em oito anos, com os testes completos do reator agora previstos para começar apenas em 2039, quatro anos após a estimativa inicial de 2035.

Inicialmente previsto para custar cerca de US$5 bilhões, o Iter teve seu orçamento aumentado para mais de US$22 bilhões e não possui data definida para os testes. Enquanto isso, empresas privadas como a Commonwealth Fusion Systems LLC e a Tokamak Energy Ltd. avançam em seus próprios testes com versões menores do reator, esperando iniciar a comercialização de energia de fusão mais cedo.

A fusão nuclear é vista como uma possível solução para a demanda de energia limpa e ilimitada. No entanto, Barabaschi ressalta que ainda há desafios técnicos a serem superados para tornar a fusão comercialmente viável até 2040.


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