O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enfrenta obstáculos para reverter a sua condenação, uma vez que a maior parte das alegações que resultaram no caso são anteriores ao seu mandato. No entanto, a decisão dos promotores de adiar a audiência de sentença aumenta a possibilidade de o juiz Juan Merchan modificar a data e considerar o argumento de imunidade.
Um eventual adiamento da sentença afastaria a perspectiva de Trump, candidato republicano à Presidência, enfrentar um possível encarceramento apenas dias antes do início da Convenção Nacional Republicana, marcada para 15 de julho em Milwaukee.
Na histórica decisão proferida na última segunda-feira, uma maioria de 6 a 3 juízes da Suprema Corte afirmou que Trump não pode ser processado por ações realizadas no exercício de suas funções constitucionais como presidente, mas pode responder por atos não oficiais.
Essa decisão praticamente garantiu que o ex-presidente não será julgado antes das eleições de 5 de novembro por outras acusações criminais federais relacionadas aos seus esforços para reverter a derrota eleitoral de 2020 para Joe Biden, das quais ele se declarou inocente.
Em uma carta dirigida a Merchan, os advogados de Trump argumentaram que os promotores apresentaram evidências derivadas de atos oficiais do ex-presidente durante o julgamento das acusações de ter encoberto o pagamento de 130.000 dólares feito por seu ex-advogado Michael Cohen à atriz de filmes adultos Stormy Daniels.
“A decisão do julgamento não pode ser mantida”, escreveram os advogados Todd Blanche e Emil Bove, solicitando a apresentação de um documento completo sobre o assunto até 10 de julho.
