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Sindicato acusa setor patronal de falta de propostas para desmobilizar greve dos motoristas de ônibus em SP

Sindicato dos Motoristas anuncia greve por falta de propostas do setor patronal

O Sindicato dos Motoristas de São Paulo afirmou que o setor patronal não apresentou propostas capazes de desmobilizar o movimento grevista. O desembargador Davi Furtado Meirelles, do Tribunal Regional do Trabalho, destacou em despacho que, de acordo com o SindMotoristas, as negociações coletivas não tiveram avanços e nenhuma proposta concreta foi apresentada pela categoria patronal até o final do mês de junho.

A greve havia sido anunciada na última sexta-feira (28). Na ocasião, os trabalhadores já haviam informado que, caso não houvesse uma proposta do setor patronal, uma nova assembleia seria convocada antes da paralisação.

Prefeitura solicita tutela liminar cautelar para garantir funcionamento da frota de ônibus durante horários de pico e nos demais horários. Em comunicado, a Prefeitura ressaltou que apenas acompanha as negociações entre as partes e espera que haja um acordo que não prejudique os passageiros.

Negociações se arrastam há meses

A principal reivindicação dos motoristas é a redução da jornada de trabalho para 6h30, com 30 minutos de pausa remunerados. Além disso, também estão em pauta um reajuste salarial de 3,69% pelo IPCA-IBGE mais 5% de aumento real, cesta básica de qualidade, correção do Programa de Participação nos Resultados (PPR) e melhorias em benefícios como vale-refeição, seguro de vida, convênios médico e odontológico, além da revisão dos valores do auxílio funeral.

O SindMotoristas já havia programado uma greve no início de junho, que acabou sendo suspensa. A decisão foi tomada de forma unânime em assembleia, após o sindicato desistir da paralisação em uma audiência na Justiça do Trabalho com a SPTrans e a SPurbanuss, representantes das concessionárias de transporte na capital paulista.

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