Projeto de lei para Política Nacional de Cuidados chega ao Congresso Nacional após anos de exploração e violência contra mulheres.

Essa realidade de desigualdade e violência enfrentada por Chirlene ecoa a situação de milhares de mulheres no país. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a maioria das pessoas envolvidas em atividades de cuidado são mulheres, destacando a sobrecarga de trabalho e o impacto desproporcional sobre o sexo feminino.
Diante desse panorama, a chegada do projeto da Política Nacional de Cuidados ao Congresso Nacional representa uma oportunidade de mudança e reconhecimento dos direitos das trabalhadoras domésticas e de todas as pessoas envolvidas em atividades de cuidado. Elaborado por um grupo de trabalho envolvendo 20 ministérios, o projeto busca garantir direitos, promover a equidade de gênero e reconhecer o cuidado como um direito de todas as pessoas.
A assinatura do projeto pelo presidente Lula e o apoio de diferentes setores da sociedade reforçam a importância dessa iniciativa. A proposta não só reconhece a importância do trabalho de cuidar, mas também promove a corresponsabilização da sociedade e do Estado nesse processo.
Para Chirlene Brito, que hoje atua como diarista e integra a direção da Fenatrad, a luta agora é para que o projeto seja implementado efetivamente e não fique apenas no papel. Ela destaca a importância da fiscalização para coibir violências e garantir os direitos das profissionais que atuam nesse setor.
Portanto, a Política Nacional de Cuidados representa um avanço significativo na busca por uma divisão mais igualitária do trabalho de cuidados e na proteção dos direitos das trabalhadoras domésticas e de todas as pessoas envolvidas nessa atividade essencial para o funcionamento da sociedade. A implementação efetiva desse projeto será fundamental para promover a justiça social e a equidade de gênero no país.