Ex-juiza também aproveitou o discurso para atacar o ministro Gilmar Mendes. “Eles sabem que isso é um migué jurídico e o próprio Gilmar Mendes falou isso lá em Portugal e achou que ninguém ia saber. Mas hoje em dia todo mundo tem iPhone e todo mundo viu. Todo mundo sabe que você é um cínico”, disse Ludmila, que ganhou popularidade nas redes sociais entre bolsonaristas em 2021, por criticar as políticas públicas de contenção da covid-19.
Nas redes sociais, ela compartilhou um outro trecho do discurso e disse que “a liberdade custa caro”. Ludmila publicou em sua conta no Instagram que o preço da liberdade só é pago para aqueles que não aceitam serem “escravizados”. “Ainda bem que há pessoas dispostas a pagar o preço de uma liberdade que será compartilhada por todos”, disse. Em 2022, investigação do CNJ apontou “reiterada negligência” da magistrada no cumprimento de suas funções.
O evento foi no município de Framingham, nos dias 29 e 20 de junho e reuniu nomes já conhecidos do bolsonarismo. Além de Ludmila Lins, Paulo Figueiredo, Allan dos Santos, Claudio Caivano, Patricia Munhoz, Tânia Soster, Major Vitor Hugo, Ernesto Araújo, Maurício Galante e Wesley Ros foram palestrantes no evento. O ex-presidente Jair Bolsonaro fez uma chamada de vídeo durante o evento.
Na avenida paulista não tem praça dos três Poderes para você ser acusado de golpe de estado. Na avenida paulista é infinitamente mais seguro fazer uma manifestação política do que em Brasília […] Lá ninguém vai poder te acusar de abolição violenta do Estado democrático de Direito, um migué jurídico, um cinismo.
Ludmila Lins, ex-juíza
Aposentada por atacar STF
Ludmila foi aposentada compulsoriamente pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) em fevereiro do ano passado por má gestão e ataque a ministros do STF nas redes sociais. Ela era titular da Vara Criminal e da Infância e Juventude de Unaí (MG).
Por Sarah, Jornalista