A ex-juíza do Tribunal de Justiça de Minas Gerais Ludmila Lins Grilo causou polêmica ao tecer duras críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes durante sua participação no Congresso Conservador Brasileiro, realizado em Massachusetts, nos Estados Unidos. Em seu discurso, Ludmila deu dicas a golpistas, chamou o crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito de “migué Jurídico” e ainda fez referência aos atentados golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023.

Ludmila afirmou que na Avenida Paulista, em São Paulo, é mais seguro realizar manifestações políticas do que em Brasília, já que na capital paulista não há a presença dos Três Poderes, o que impossibilitaria os protestos de serem classificados como delitos. Segundo ela, isso evitaria acusações relacionadas a golpes de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, que ela classificou como “migué jurídico”.

Conhecida por suas declarações e atitudes polêmicas, a ex-juíza foi seguidora de Olavo de Carvalho e é uma defensora fervorosa do ex-presidente Jair Bolsonaro. No entanto, sua postura lhe rendeu problemas, sendo afastada do cargo em fevereiro de 2023 e aposentada compulsoriamente em maio do mesmo ano.

Ludmila também protagonizou embates com ministros do Supremo Tribunal Federal, chegando a ter seu perfil nas redes sociais derrubado por determinação do ministro Alexandre de Moraes, que considerou suas publicações contra medidas de proteção durante a pandemia de Covid-19 como prejudiciais.