Steve Bannon se apresenta na prisão para cumprir sentença de quatro meses
No início desta semana, Steve Bannon, ex-conselheiro de Donald Trump, se entregou voluntariamente em uma prisão federal de baixa segurança em Danbury, Connecticut, para cumprir uma sentença de quatro meses. A condenação foi resultado de desafiar uma intimação do Congresso, feita pelo comitê que investigou o ataque ao Capitólio em janeiro de 2021.
A chegada de Bannon à prisão foi marcada por declarações desafiadoras, tanto para os repórteres presentes quanto para seus apoiadores, que o aplaudiam. O ex-conselheiro de Trump se autodenominou um “prisioneiro político” e afirmou que seus seguidores populistas de direita continuariam espalhando sua mensagem enquanto ele estivesse cumprindo sua pena.
“Estou orgulhoso de ir para a prisão hoje. Não tenho arrependimentos e estou orgulhoso do que fiz”, declarou Bannon em meio à multidão.
Apesar de uma tentativa de última hora na sexta-feira passada, na qual a Suprema Corte rejeitou seu pedido de adiamento da sentença durante o processo de apelação, Bannon foi condenado a quatro meses por desacato ao Congresso, após se negar a entregar documentos e testemunhar perante um comitê da Câmara.
Lembrado por seu papel como estrategista-chave na campanha de Trump em 2016 e posteriormente na Casa Branca, Bannon foi também um dos idealizadores do projeto “O Movimento”, voltado para unir líderes populistas de direita ao redor do mundo. No Brasil, ele possui ligações estreitas com a família Bolsonaro e chegou a nomear Eduardo Bolsonaro como seu representante no país.
Além disso, Bannon já esteve envolvido em processos judiciais por fraudes e conspirações, notavelmente relacionadas à arrecadação de fundos para a construção do muro na fronteira entre EUA e México, uma promessa de campanha de Trump. Em janeiro de 2021, horas antes de deixar a presidência, Trump concedeu perdão presidencial a Bannon e a outros aliados.
