Candidatos independentes não estão garantidos nas cédulas eleitorais de todos os estados

No processo eleitoral dos Estados Unidos, os candidatos independentes enfrentam uma série de desafios para garantir sua presença nas cédulas eleitorais de todos os estados. Isso ocorre devido ao sistema descentralizado de organização das eleições, que exige que cada candidato cumpra requisitos específicos em cada estado.

O professor Sérgio Praça, da FGV, destaca a ausência de um órgão central como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) brasileiro, responsável por uniformizar as regras eleitorais em todo o país. Essa descentralização torna o processo mais complexo para os candidatos independentes, que precisam se adequar às exigências locais para participar da votação em cada estado.

Um exemplo disso foi a presença do Partido Libertário em todas as urnas nas últimas eleições, enquanto o Partido Verde não conseguiu essa abrangência. Além disso, os candidatos independentes também enfrentam requisitos mínimos para participar dos debates presidenciais, como a necessidade de ter pelo menos 15% de intenção de voto em pesquisas eleitorais e a qualificação para votação em estados suficientes para atingir o mínimo de 270 delegados para vencer as eleições.

Historicamente, apenas um candidato independente chegou à Presidência dos Estados Unidos. Em 1789, George Washington foi eleito sem filiação partidária, recebendo todos os votos do Colégio Eleitoral.

Apesar das poucas chances de vitória, os candidatos independentes se lançam nas eleições presidenciais visando ganhar espaço na mídia e nas redes sociais, com o objetivo de impactar as eleições para a Câmara e o Senado. O professor Vitelio Brustolin, da UFF e pesquisador de Harvard, ressalta que esses candidatos podem influenciar a opinião pública e gerar efeitos nas eleições em níveis estaduais e municipais.

Conheça os candidatos independentes deste ano e acompanhe suas trajetórias durante o processo eleitoral nos Estados Unidos.