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Oponentes da ultradireita na França tentam construir frente unida para bloquear a Reunião Nacional no segundo turno das eleições legislativas.







RN pode formar governo na França

RN pode formar governo na França após resultados históricos nas eleições

No último domingo, a Reunião Nacional (RN) e seus aliados conquistaram uma vitória histórica no primeiro turno das eleições legislativas na França. Com 33% dos votos, o partido ultradireitista superou seus concorrentes, garantindo uma posição privilegiada para o segundo turno. Diante desse cenário, opositores da ultradireita buscam criar uma frente unida para bloquear a RN e seus planos de formar um governo.

Os desafiantes da RN, incluindo a Nova Frente Popular à esquerda e a aliança centrista de Emmanuel Macron, marcaram presença com 28% e 22% dos votos, respectivamente. A RN precisa de pelo menos 289 assentos no parlamento para obter maioria, e os resultados do primeiro turno indicam que o partido está no caminho certo, podendo conquistar entre 250 e 300 cadeiras.

Nessa corrida para o segundo turno, mais de 170 candidatos já desistiram de suas campanhas e anunciaram apoio a rivais melhor posicionados. A retirada tática de candidatos pode remodelar as intenções de voto em todo o país, representando um desafio para a RN. A estratégia é juntar forças para enfrentar a ultradireita, principalmente nos distritos eleitorais onde a disputa está acirrada.

Os líderes da frente de esquerda e do centro indicaram que estão dispostos a retirar seus próprios candidatos em prol de um concorrente mais forte, visando barrar a RN no segundo turno. A tarefa não será fácil, pois ainda há incertezas quanto ao pacto, especialmente em relação a candidatos do partido França Insubmissa, liderado por Jean-Luc Mélenchon.

O crescimento da RN e sua possível ascensão ao poder preocupam líderes europeus, com destaque para a Ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, que expressou receios em relação ao nacionalismo do partido. Apoiadores da RN comemoraram os resultados, enquanto outros temem por possíveis tensões sociais decorrentes de uma plataforma nacionalista.

Diante desse cenário político conturbado, a França se vê diante da possibilidade de um governo liderado pela RN ou de uma Assembleia Nacional sem maioria, o que poderia comprometer a governabilidade do país. O desfecho das eleições legislativas, que vão impactar os rumos políticos da França nos próximos anos, ainda é incerto e desperta apreensão em toda a Europa.


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