Novo Presidente do Condepe Expressa Preocupação com Violência Policial na Cracolândia

O recém-empossado presidente do Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana), Adilson Sousa Santiago, de 44 anos, manifestou sua inquietação em relação à violência das forças policiais que atuam na cracolândia, localizada no centro de São Paulo.

Em sua primeira entrevista desde que assumiu o cargo, Santiago criticou a instalação de grades na rua dos Protestantes, realizada neste mês em uma ação conjunta entre as gestões de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Ricardo Nunes (MDB). Para o presidente, as grades representam uma segregação desumana, que viola os direitos dos moradores da região.

O presidente do Condepe, que possui formação em pedagogia, jornalismo e está cursando direito, cresceu em uma comunidade na Vila Brasilândia, na periferia de São Paulo, é casado e pai de quatro filhos. Ele ressaltou a importância do órgão na defesa dos direitos humanos no estado, especialmente no que diz respeito aos mais vulneráveis da sociedade.

Santiago destacou a necessidade de políticas mais efetivas e humanitárias para lidar com a situação dos dependentes químicos, alertando para a falta de cuidados básicos e a prevalência da violência policial. Ele anunciou a reativação da Comissão Especial da Cracolândia no Condepe e planeja visitar a região na próxima semana para avaliar a situação e propor recomendações ao poder público.

Além disso, o presidente está engajado em combater a violência policial na Baixada Santista, onde recentes operações resultaram em dezenas de mortes. Ele criar a Comissão Especial de Acompanhamento das Ações Policiais na região para garantir a preservação dos direitos fundamentais e a reparação do Estado às vítimas.

Santiago, indicado ao cargo pelo Instituto Rosa dos Ventos, enfatizou seu compromisso com a sociedade civil e a representatividade do Condepe, que conta com diversos membros de diferentes esferas do poder. Ele pretende atuar de forma transparente e eficaz na defesa dos direitos humanos no estado de São Paulo.