DestaqueDiário do Rio

Morte em Nova Iguaçu por meningite causada por verme transmissor de caramujos preocupa autoridades de saúde no Rio de Janeiro




Artigo sobre Meningite Eosinofílica em Nova Iguaçu

Jornalismo Diário: Caso de Meningite Eosinofílica em Nova Iguaçu

Imagem meramente ilustrativa de caramujo africano – Foto: Reprodução

No último dia 22/04, uma pessoa morreu em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, devido à meningite eosinofílica, doença causada por um verme transmitido por caramujos. Vale ressaltar que a última vez, até então, que o estado do Rio de Janeiro havia apresentado esse tipo de caso foi em 2014.

A meningite eosinofílica é ocasionada pelo verme Angiostrongylus cantonensis, que tem sua reprodução em animais roedores e acabam gerando larvas, que são eliminadas nas fezes de ratos, por exemplo, e ingeridas por caramujos. A infecção humana acontece quando o caramujo infectado – ou o muco liberado por ele – é ingerido, contendo as larvas do verme.

Segundo a Secretaria de Saúde de Nova Iguaçu (Semus), a vítima, que não teve seu nome revelado, consumiu um caramujo africano. Em meio à suspeita de infecção, a Semus recolheu material e enviou para análise na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Lá, o teste realizado constatou-se positivo para meningite.

“Com a comprovação, a Semus emitiu um comunicado para as unidades básicas de saúde e de urgência e emergência, destacando os sinais e sintomas que um paciente possa apresentar, bem como a necessidade de notificação para ação rápida de prevenção e tratamento da pessoa infectada”, explicou a pasta.

Após o serviço de referência ser acionado, profissionais da Superintendência de Vigilância Ambiental em Saúde de Nova Iguaçu (Suvam) e do Laboratório de Malacologia da Fiocruz coletaram caramujos em diferentes pontos do bairro Ipiranga, onde a vítima contraiu a doença.

Ao todo, 22 animais foram analisados por meio de exame parasitológico e sequenciamento genético. Em um deles, um caramujo aquático, foi constatado o verme causador da doença. De acordo com a Fiocruz, o molusco é da espécie Pomacea maculata, conhecido popularmente como “lolô” ou “aruá”.

“Relatos indicam que o paciente se infectou ao ingerir um caramujo de água doce cru. Fizemos ações de reforço das informações para alertar a população na área para evitar novos casos”, diz José de Arimatea Brandão Lourenço, responsável pelo setor de Vigilância Malacológica da Suvam.

3º caso no RJ

O caso ocorrido em Nova Iguaçu foi a terceira infecção humana confirmada em todo o estado do RJ. Os outros dois foram registrados em 2014, em estudo que analisou a proliferação da meningite eosinofílica no Brasil.

Em todo o país, entre 2008 e 2021, o Serviço de Referência para Esquistossomose-Malacologia detectou o verme Angiostrongylus cantonensis em moluscos de 14 estados.

Publicidade

Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp Após 10 anos, RJ volta a ter caso de meningite gerada por caramujo


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo