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Inflação sobe novamente: Previsão do mercado financeiro para o IPCA em 2024 é de 4%, acima da meta estabelecida.

O mercado financeiro apresentou, pela oitava semana consecutiva, um aumento na previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), atingindo um índice de 4% este ano. Esses dados foram revelados no Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira.

A expectativa para a inflação em 2025 também teve um acréscimo, passando de 3,85% para 3,87%. Já para os anos de 2026 e 2027, as previsões se mantêm em 3,6% e 3,5%, respectivamente.

Mesmo que a estimativa para 2024 ultrapasse a meta de inflação, ela ainda está dentro da margem de tolerância estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. A meta para este ano é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, o limite inferior é de 1,5% e o superior de 4,5%.

A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua, tornando desnecessário que o CMN defina uma meta de inflação anualmente. Na última semana, o colegiado estabeleceu o centro da meta contínua em 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Em maio, a inflação do país foi influenciada pelo aumento nos preços de alimentos e bebidas, resultando em um índice de 0,46%. Em um acumulado de 12 meses, o IPCA atingiu 3,93%, conforme dados do IBGE.

Mudando o foco para os juros básicos, o Banco Central utiliza a taxa Selic como principal instrumento para alcançar a meta de inflação. O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 10,5% ao ano após um ciclo de reduções que durou quase um ano. Antes, o Copom tinha elevado a taxa por 12 vezes seguidas para combater a alta dos preços, mantendo-a em 13,75% ao ano por sete meses em 2022 e 2023. Agora, o mercado financeiro estima que a Selic encerre 2024 em 10,5%, com uma queda para 9,5% ao ano no fim de 2025, além de projeções de redução para 9% nos anos de 2026 e 2027.

Com os juros básicos em alta, há uma tendência de controle da demanda aquecida, o que reflete nos preços, encarecendo o crédito e estimulando a poupança. Por outro lado, com a redução da Selic, o crédito tende a ficar mais acessível, favorecendo a produção e o consumo, mas podendo dificultar o controle da inflação e a expansão da economia.

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