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Impacto da estabilidade monetária: crescimento baixo e juros altos desafiam economia brasileira nos 30 anos do real.





Impactos da estabilidade monetária e responsabilidade fiscal no Brasil

Nos últimos anos, a estabilidade monetária e a responsabilidade fiscal no Brasil têm sido temas de debate entre especialistas e autoridades econômicas. Um processo que marcou essa discussão foi a assunção das dívidas dos estados pela União, em troca de ajustes fiscais e privatizações, como a dos bancos estaduais. De acordo com especialistas, esse mecanismo trouxe efeitos positivos para as contas estaduais por cerca de uma década, mas perdeu força com flexibilizações nas regras do governo Lula e o boom de commodities, que aumentou despesas sem o aumento sustentável de receitas.

Em um evento recente na Fundação FHC, em São Paulo, sobre os 30 anos do real, Rubens Ricupero, ex-Ministro da Fazenda, afirmou que a responsabilidade fiscal foi um elemento que teve pouco impacto desde o lançamento da moeda. Segundo ele, o Brasil está piorando nesse aspecto, mesmo após uma fase inicial de melhora.

Um dos motivos apontados por especialistas para a falta de resultado a longo prazo da estabilidade monetária no estímulo aos investimentos é o tamanho do setor público, que ainda conta com muitas estatais, o que acaba prejudicando a produtividade. Além disso, a economia brasileira é pouco aberta à competição internacional e alguns setores conseguem manter subsídios públicos ineficientes, segundo Mendes.

Após a estabilização promovida pelo real, o Brasil ainda possui uma das maiores taxas de juros reais do mundo. Esse cenário é atribuído ao desequilíbrio crônico do setor público, que leva o governo a contrair mais empréstimos para financiar sua dívida, pressionando as taxas de juros para cima.


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